Ao fazer uma análise de ética grega antiga percebe-se dois extremos que foram de suma importância para a evolução nos estudos da ética, levando os pensadores a pesquisarem sobre a natureza do bem moral na busca de um princípio absoluto da conduta. Ela procede do contexto religioso, onde surgiram muitas idéias éticas. O homem é o centro de pesquisa entre grandes pesquisadores (Sócrates, Platão e Aristóteles), e cada um deles a seu modo ,leva questionamentos e tenta chegar a uma conclusão a respeito da ética. Se há vida após a morte, teríamos que nos concentrar na busca da virtude e da dialética? Ao se falar da dialética pensa-se em contemplação de idéias, ou de contemplação do saber pelo saber? Virtudes são normas preestabelecidas ou uma espécie de segunda natureza adquirida pela razão livre? Diante de tantas verdades procura-se entender ética como um lugar onde o ser humano se sinta encorajado, animado e confortado; é a certeza de que eu possa ser melhor, que sou convidado a algo superior, que é possível ser honesto, justo e verdadeiro na sociedade em que vivemos. O homem precisa acreditar em algo que está além do aqui e agora, pois sem idéias e ideais nada valeria a pena; abraçando a dialética do saber e das idéias, a ética pede para sermos, mais autenticamente, nós próprios, sermos mais verdadeiros, mais livres e responsáveis. Não podemos deixar de falar sobre a essência de Deus, pois Ele é o centro do universo e o homem para se desprender da matéria, do corpo é necessário contemplar Deus na sua essência, o divino que habita em cada ser vivente. Mas para se chegar a tal patamar é necessário seguir os caminhos das virtudes, onde Platão, transcreve as principais virtudes como: Justiça, Fortaleza, Prudência e Temperança; sendo virtudes que trazem harmonia e equilíbrio. Já para Aristóteles, a felicidade para o homem, é marcada pelos fins que devam ser alcançados; onde o homem é corpo e alma espiritual. Partindo desse princípio o homem é movido pelo desejo, e a alma espiritual que já contém na sua essência o bem, precisa trabalhar os bons hábitos de acordo com a razão, pois seu “pensamento é o elemento divino no homem e o bem mais precioso. Assim quem é sábio não carece de muitas outras coisas”. Vale ressaltar que o homem nasce para o bem, mas é preciso domesticação, consciência para trabalhar o divino que há dentro de cada um de nós; de nada valeria a razão se nós não pudéssemos usá-la para a construção da individualidade, onde a contemplação do saber é cimento que sedimenta o Criador na Criação.
“Conhece a ti mesmo”, esse é o lema de Sócrates, e ao ler percebemos que o homem está inserido na Natureza, mas não está solto, existe uma hierarquia que o leva a viver moralmente e se realizar como homem. O único caminho que o homem precisa realizar é o caminho de volta, para dentro dele mesmo, mas pergunta-se como?
O homem é o único animal capaz de domesticar outro animal e o único a se domesticar, partindo desse princípio, percebemos o amor de Deus para conosco; isso nos leva a crer que Deus nos amou primeiro, e cada um deve amar primeiro, fazer para com o outro aquilo que gostaríamos que fizesse conosco, mas para isso requer educação, aperfeiçoamento e disciplina do homem. As religiões têm servido de referencial para nós e trouxe um grande avanço moral (família, estado e política), Mas nada é perfeito, vem com ela, a alienação e o fanatismo de muitos que ajudaram a obscurecer a mensagem ética profunda da liberdade, do amor e da fraternidade universal.
Infelizmente a religião transformou o amor em pecado carnal, a fraternidade em poder de propriedade, amizades emrelacionamentos vantajosos, o progresso econômico em sucesso pessoal, criando muralhas entre Deus e o homem, monopolizando o poder e até mesmo o Deus universal; transformando a fé divina em categoria, revelação, paternidade divina e pecado, com possibilidades do Perdão.
OS IDEAIS ÉTICOS
Para uns, o ideal ético estava na busca teórica ou na prática do bem, para outros estava no viver de acordo com a natureza, em harmonia cósmica. Já no Cristianismo, os ideais éticos se identificaram com os religiosos. Pelo Renascimento e o iluminismo, ideal ético seria viver de acordo com a própria liberdade pessoal, no social (igualdade, fraternidade e liberdade). No séc.XX, os pensadores da existência insistiram sobre a liberdade como ideal ético.
Ao fazer uma idéia do que venha a ser ideais éticos, nos baseamos nas informações acima citadas; chegamos à conclusão que os ideais éticos são convenientes a cada época, de acordo com a visão da evolução social, econômica e intelectual do homem, nos tempos de hoje. Em pleno séc.XXI, fala-se de uma ética amoral, onde os valores são limitados a uma minoria burguesa, e os meios de comunicação são responsáveis por uma lavagem cerebral, incutindo ideais elaborados e sistematizados, transformando o indivíduo em massa. E na massificação atual criou-se o estereótipo de mulheres, homens e padrões. Tais comportamentos são criados em série e cidadãos são clonados; a liberdade de consciência deixa de existir, a cidadania ao ser praticada, seria um ato ético e, ao invés disso, os homens se tornaram produto do meio, deixaram de pensar, pois comprar pronto implica estar em voga...
A LIBERDADE
“Falar de ética significa liberdade”, mas quando falamos de ética nos lembram normas de responsabilidade. Quando agimos, estamos seguindo uma norma, uma conduta que não nos deixa sair dos trilhos, e para isso devemos obedecer, caso contrário estamos infringindo uma lei; lei essa que foi criada para que o homem tenha direitos e deveres para levar esse mesmo homem a ter liberdade, caso aja com responsabilidade. E para uma certa acomodação da consciência humana, foram surgindo formas que trazem aceitação e conformidade às gerações, tais como: “tudo o que acontece, tinha de acontecer”, “estava escrito”. ”Deus quis que fosse assim”; quando a lei do materialismo-capitalismo rege todas os nossos atos e decide por nós, a ética desaparece e, com isso temos uma liberdade falsificada, um falso poder sobre essa liberdade. Para os idealistas a única liberdade a ser falada é aquela em que o homem está acima e livre do aqui e agora, um espírito elevado que não se identifica com o homem real e concreto. Para Hegel a chamada liberdade só existe para que o indivíduo se sinta livre, saiba ser realmente livre, num estado organizado que garante a liberdade de todos e de cada um . Para Marx, a natureza é “a dominação do homem pelo homem” .Para Kant, “o homem deve ser sempre tratado como um fim, e nunca como um meio”. E, para finalizar, Kiekegaard afirma que “a angústia é o reflexo psicológico da consciência da liberdade”
“Conhece a ti mesmo”, esse é o lema de Sócrates, e ao ler percebemos que o homem está inserido na Natureza, mas não está solto, existe uma hierarquia que o leva a viver moralmente e se realizar como homem. O único caminho que o homem precisa realizar é o caminho de volta, para dentro dele mesmo, mas pergunta-se como?
O homem é o único animal capaz de domesticar outro animal e o único a se domesticar, partindo desse princípio, percebemos o amor de Deus para conosco; isso nos leva a crer que Deus nos amou primeiro, e cada um deve amar primeiro, fazer para com o outro aquilo que gostaríamos que fizesse conosco, mas para isso requer educação, aperfeiçoamento e disciplina do homem. As religiões têm servido de referencial para nós e trouxe um grande avanço moral (família, estado e política), Mas nada é perfeito, vem com ela, a alienação e o fanatismo de muitos que ajudaram a obscurecer a mensagem ética profunda da liberdade, do amor e da fraternidade universal.
Infelizmente a religião transformou o amor em pecado carnal, a fraternidade em poder de propriedade, amizades emrelacionamentos vantajosos, o progresso econômico em sucesso pessoal, criando muralhas entre Deus e o homem, monopolizando o poder e até mesmo o Deus universal; transformando a fé divina em categoria, revelação, paternidade divina e pecado, com possibilidades do Perdão.
OS IDEAIS ÉTICOS
Para uns, o ideal ético estava na busca teórica ou na prática do bem, para outros estava no viver de acordo com a natureza, em harmonia cósmica. Já no Cristianismo, os ideais éticos se identificaram com os religiosos. Pelo Renascimento e o iluminismo, ideal ético seria viver de acordo com a própria liberdade pessoal, no social (igualdade, fraternidade e liberdade). No séc.XX, os pensadores da existência insistiram sobre a liberdade como ideal ético.
Ao fazer uma idéia do que venha a ser ideais éticos, nos baseamos nas informações acima citadas; chegamos à conclusão que os ideais éticos são convenientes a cada época, de acordo com a visão da evolução social, econômica e intelectual do homem, nos tempos de hoje. Em pleno séc.XXI, fala-se de uma ética amoral, onde os valores são limitados a uma minoria burguesa, e os meios de comunicação são responsáveis por uma lavagem cerebral, incutindo ideais elaborados e sistematizados, transformando o indivíduo em massa. E na massificação atual criou-se o estereótipo de mulheres, homens e padrões. Tais comportamentos são criados em série e cidadãos são clonados; a liberdade de consciência deixa de existir, a cidadania ao ser praticada, seria um ato ético e, ao invés disso, os homens se tornaram produto do meio, deixaram de pensar, pois comprar pronto implica estar em voga...
A LIBERDADE
“Falar de ética significa liberdade”, mas quando falamos de ética nos lembram normas de responsabilidade. Quando agimos, estamos seguindo uma norma, uma conduta que não nos deixa sair dos trilhos, e para isso devemos obedecer, caso contrário estamos infringindo uma lei; lei essa que foi criada para que o homem tenha direitos e deveres para levar esse mesmo homem a ter liberdade, caso aja com responsabilidade. E para uma certa acomodação da consciência humana, foram surgindo formas que trazem aceitação e conformidade às gerações, tais como: “tudo o que acontece, tinha de acontecer”, “estava escrito”. ”Deus quis que fosse assim”; quando a lei do materialismo-capitalismo rege todas os nossos atos e decide por nós, a ética desaparece e, com isso temos uma liberdade falsificada, um falso poder sobre essa liberdade. Para os idealistas a única liberdade a ser falada é aquela em que o homem está acima e livre do aqui e agora, um espírito elevado que não se identifica com o homem real e concreto. Para Hegel a chamada liberdade só existe para que o indivíduo se sinta livre, saiba ser realmente livre, num estado organizado que garante a liberdade de todos e de cada um . Para Marx, a natureza é “a dominação do homem pelo homem” .Para Kant, “o homem deve ser sempre tratado como um fim, e nunca como um meio”. E, para finalizar, Kiekegaard afirma que “a angústia é o reflexo psicológico da consciência da liberdade”
Nenhum comentário:
Postar um comentário